"Flor, Telefone, Moça"

"Não, não é conto. Sou apenas um sujeito que escuta algumas vezes, que outras não escuta, e vai passando. Naquele dia escutei, certamente porque era a amiga quem falava, e é doce ouvir os amigos, ainda quando não falem, porque amigo tem o dom de se fazer compreender até sem sinais. Até sem olhos..." (Carlos Drummmond de Andrade)

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Prosopopéia

Alguns textos são irreverentes outros são redundantes
Alguns são coerentes,
Alucinantes
Não há texto sem verso
Não há verso sem prosa
Não há terço sem reza
Não há espinho sem rosa
Há palavras soltas
Dicotomia
Distorção
Paralelo
Incoerência
Divagação
Eu procuro incorrigíveis
Se não as faço por traço
Navego fundo comigo num breve mar de espaço – o compasso
Volto à reza e a vela ainda está acesa
Acabam-se os versos
Acabam-se as prosas
E as palavras diáfanas e sem consistência
Dão lugar ao silêncio.

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